PROPOSTA DE TRABALHO
Curso: |
NS Modular Ciências Informáticas |
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Local: |
Guimarães |
Data: |
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Formador: |
Carlos Moás |
Ass.: |
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UC: |
STC7 (DR3) |
Nº Páginas: |
1+1 |
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Objectivo (s): |
Identificar os processos tecnológicos associados à eliminação de resíduos tóxicos; compreender o processo da co-incineração e razões da controvérsia pública; explorar limitações tecnológicas; compreender a insuficiência das argumentações científicas.
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R: A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo a que se chama composto.
2. O que é um ”aterro sanitário” e refira algumas das principais vantagens e desvantagens.
R: Aterro sanitário é um espaço destinado à deposição final de resíduos sólidos gerados pela actividade humana. Nele são dispostos resíduos domésticos, comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, ou dejectos sólidos retirados do esgoto.
Vantagens:
- Acelerar a biodegradação e estabilização dos resíduos; reduzir a contaminação inorgânica do aterro por lavagem; estimular a produção de biogás; gerir os picos do caudal de lixívias gerados.
Desvantagens:
Necessidade de transporte de material e cobertura de longa distância; possibilidade de dispersão pelo vento, do material exposto, difícil colocação do composto no mercado.
3. O que entende por ”incineração”, em que casos deverá ser feita e refira vantagens e desvantagens.
R: Incineração é a queima do lixo em fornos e usinas próprias. Apresenta a vantagem de reduzir bastante o volume de resíduos. Além disso, destrói os microrganismos que causam doenças, contidos principalmente no lixo hospitalar e industrial.
Incineração:
Com a incineração é possível uma redução do volume inicial de resíduos até cerca de 90% através da combustão, a temperaturas que variam entre 800 e 3 000°C. Por isso tem vindo a ser implementado em zonas de grande produção de lixo.
Desvantagens:
No entanto, certos resíduos liberam gases tóxicos aos serem queimados. Nesses casos, para evitar a poluição do ar, é necessário instalar filtros e equipamentos especiais – o que torna o processo mais caro.
4. Em que consiste a ”co-incineração” e refira vantagens e desvantagens.
R. A co-incineração é o processo de tratamento de resíduos que consiste na sua queima em fornos industriais, conjuntamente com os combustíveis tradicionais. Os resíduos são assim valorizados energeticamente, pois substituem parte do combustível usado no forno. Os fornos trabalhando a elevadas temperaturas das indústrias vidreira, siderúrgica e cimenteira podem ser usados para o tratamento de resíduos.
Vantagens:
Como principais vantagens do processo de co-incineração de resíduos industriais em cimenteiras, os cientistas destacam a taxa de destruição dos resíduos pelo processo de co-incineração ser superior à das incineradoras.
Desvantagens:
Como desvantagens os cientistas apresentam o facto de os fornos rotativos das cimenteiras não terem uma temperatura uniforme, não garantindo que se evite a formação de compostos indesejados; os limites das emissões das cimenteiras estarem abaixo dos exigidos para as unidades de incineração; os filtros deixarem de funcionar (quando a laboração é interrompida) e os gases escaparem-se, praticamente sem tratamento, pela chaminé devido ao facto de os filtros de mangas previstos para as cimenteiras não terem capacidade para reter gases mais voláteis como o mercúrio.
5. Aborde o problema da controvérsia pública em torno da co-incineração em Souselas, identificando os diferentes actores presentes nessa controvérsia e os valores defendidos por cada uma das partes. Refira os argumentos de índole científica e as recomendações da Comissão Cientifica Independente a que chegou sobre o assunto.
R: O governo e a Cimpor, não estão de acordo com argumentos, apresentados pela câmara e os habitantes de Souselas, acabando mesmo por parar aos tribunais.Pois já tinham sido feitos estudos, só que estes eram contraditórios, pois uns alegavam que não havia problema algum outros, diziam precisamente o contrário, pois podia trazer problemas à saúde pública e ao ambiente.
Resumindo toda esta luta não resultou em nada, para a câmara e os habitantes de Souselas.
Em minha opinião a co-inceneração é um mal necessário, como é óbvio eu não gostava de viver ao pé de uma. Mas neste caso em particular, quando começaram a construir as suas habitações a cimenteira já existia.
6. Analise, do ponto de vista social, a alternativa à co-incineração, da exportação de resíduos tóxicos e perigosos.
R: Na minha opinião também não é correcto enviarmos os nossos resíduos para outros locais, só que estes tem que ter um fim, e como não há alternativas nem nos países mais desenvolvidos, temos que viver com a ideia das co-inceneradoras até evolução de novas tecnologias.
À existência humana é inevitável associar-se a produção de resíduos. O trabalho para remediar/minimizar os problemas de contaminação tem de ser paralelo ao conceito de desenvolvimento sustentável, de forma a adaptar os meios de satisfazer as nossas necessidades actuais, sem causar alterações nem colocar em perigo as próximas gerações.
Os resíduos sólidos urbanos, industriais, tóxicos e perigosos necessitam de tratamento
Na maioria das actividades humanas há consumo de recursos naturais e consequente produção de resíduos (materiais que deixam de ter utilidade) e que se podem classificar em:
Industriais – resultam dos vários sectores da indústria extractiva (minas e pedreiras), da indústria transformadora (têxtil, siderurgia), das centrais produtoras de energia, da construção civil, dos transportes, dos automóveis (sucatas, pneus, óleos), do sector agro-pecuário (aviários, suiniculturas), de explorações florestais e empresas ligadas à madeira (fábricas de papel), entre outras;
Tóxicos e perigosos – contêm substâncias causadoras de alterações graves nos ecossistemas e na saúde pública, onde se incluem os resíduos industriais tóxicos, os materiais radioactivos, os resíduos hospitalares (pensos, ligaduras, reagentes de laboratório, medicamentos), as pilhas, as tintas, as películas fotográficas, etc;
Sólidos urbanos – a quantidade produzida aumentaram ao longo dos anos, em parte devido ao crescimento demográfico, mas acima de tudo, à mudança de hábitos de vida, destacando-se o aumento do uso de materiais descartáveis e de embalagens. Desta categoria excluem-se os resíduos líquidos.
Os desperdícios sólidos provêm das actividades naturais quer do homem quer dos animais, sendo constituídos por massas heterogéneas. Apesar de sempre terem existido, antigamente os resíduos não eram um problema devido à pouca população e muita área disponível para os colocar. Com o passar do tempo o homem começou a viver em comunidades maiores e a acumular resíduos nas ruas e terras desocupadas provocando a infestação com ratos e insectos e favorecendo o aparecimento de pragas. Para resolver este problema foram criados sistemas de recolha e acumulação de lixo em locais afastados das comunidades que, por sua vez, provocam a poluição.
A incineração é uma solução para a eliminação de resíduos sólidos urbanos, além de produzir electricidade.
Os resíduos podem ser incinerados em estações próprias. A incineração é geralmente um processo de eliminação de resíduos perigosos, pelo que podem ser libertados vários gases tóxicos que se apresentam contaminados com chumbo, mercúrio, dioxinas, etc. Sendo assim, as incineradoras devem cumprir normas que as impeçam de se transformarem em locais privilegiados de contaminação atmosférica.
Em determinadas situações, a queima de resíduos pode fazer-se nos fornos das cimenteiras, designando-se esse processo por co-incineração. Para tal as cimenteiras necessitam de ser equipadas com filtros específicos. Em Portugal, o aproveitamento dos fornos das cimenteiras e a construção de incineradoras tem sido alvo de muita polémica, tendo até sido constituída uma Comissão Cientifica Independente de Controlo e Fiscalização Ambiental da Co-incineração.
Co-incineração, uma solução adiada
“Passando em revista todos os inventários já feitos sobre os resíduos industriais tóxicos e perigosos (RIP) em Portugal, um elemento da Comissão Cientifica Independente (CCI) afirmou que a promoção de mais um estudo será apenas o adiamento do problema, uma vez que não há decisão sobre o destino final para aqueles resíduos que não podem ser eliminados de uma outra forma que não seja a sua destruição térmica.
Os membros da CCI foram claros: em nenhum país, nem mesmo no mais desenvolvido, foi possível até hoje substituir completamente os métodos de fim-de-linha, como é o caso da incineração. Ou seja, reafirmaram os cientistas que para os RIP é necessário ter estratégias de primeira linha (3R), mas também de segunda linha (como os aterros, os tratamentos bioquímicos ou a destruição térmica, conforme os casos). Travando a incineração, volta-se, portanto, à estaca zero. Quanto aos resíduos, vão continuar a amontoar-se sem tratamento, contaminando o ambiente e á mercê de eventuais queimadas selvagens, cujas emissões, essas sim, são perigosas para o ambiente e para a saúde dos cidadãos.”
In Diário de Notícias, Julho de 2002
Algumas fontes passíveis de pesquisa (hiperligações):
https://paginas.fe.up.pt/~jotace/gtresiduos/coincversus.htm
https://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/Residuos/Documentos/doc97.htm
https://www.novasfronteiras.pt/contributos-88.html
https://www.gforum.tv/board/1603/196291/o-que-e-co-incineracao.html
https://www1.ci.uc.pt/sddh/Artigos%20Publicados/2001/Co-incineracao.doc
Ficheiro do formador: 1.Resíduos_Co-incineração.pps
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